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  • Foto do escritorFrancislene Lira

Eu sei por que o pássaro canta na gaiola

“Eu sei por que o pássaro canta na gaiola”de Maya Angelou.


Esse livro é uma das autobiografias da escritora, a primeira de sete, publicada em 1969, escrita pela autora de maneira muito literária, retratando a vida de uma menina negra, entre os anos 1930 e 1940.

Segundo o The New York TimesEu Sei Por que o Pássaro Canta na Gaiola esteve entre as obras mais vendidas dos Estados Unidos por dois anos.

Ela enfrentou inúmeros obstáculos, dificuldades e preconceitos e resistiu bravamente!

O título do livro chama atenção pela poesia, pela força, pelas diversas mensagens subliminares que nos oferece, é uma referência ao poema “Sympathy”, de Paul Laurence Dunbar, que diz: “O pássaro engaiolado não canta de alegria, ele faz uma prece, um apelo aos céus, gritando pela liberdade”

Em cima da metáfora do pássaro engaiolado, a autora constrói uma narrativa linda e tocante, dessa nação de pássaros que “cantam na gaiola porque estão com medo”, de pássaros que “cantam sobre a liberdade” por detrás de “grades de raiva”.

Pois por diversas vezes na história da autora ela sorriu, mas não estava sorrindo de alegria, que ela cantou, mas também não era de alegria, a própria literatura, a arte foi a forma dela gritar por sua liberdade, por sua sobrevivência.

E assim, na construção dessa obra ela se expõe, fica vulnerável, e nos brinda com o retrato de muita coragem. O que nos remete a uma afirmação de Nelson Mandela: “E à medida que deixamos nossa própria luz brilhar, inconscientemente damos às outras pessoas permissão para fazer o mesmo.”

Pois ao romper silêncios, Maya Angelou abre as portas, tanto para outras mulheres, como para outros homens, para enfrentarem seus próprios fantasmas, suas histórias reprimidas.

Tem uma frase da autora que retrata bem o peso desse silêncio: “não há agonia maior do que carregar uma história não contada dentro de você”. A ação de contar a história nos leva a encarar os fatos. Ao verbalizar, entramos em contato com as nossas dificuldades para então ressignificar e então supera-las.

Dessa forma, os leitores são envolvidos por um relato lindo, triste, impressionante, fluido, cheio de dor e muita determinação.

“…Era brutal ser jovem e já estar treinada para ficar sentada em silêncio ouvindo as acusações feitas contra a minha cor sem chance de defesa” (p. 210 e 211).

Mas, não foi assim por toda a vida… Com uma história marcada por muita luta, ela atuou no movimento negro desde os anos 1960, ao lado de grandes lideranças da causa.

Maya Angelou soltou a voz e ao longo de toda a sua vida lutou pela igualdade racial.

Diz em um trecho de seu poema mais famoso, Still I Rise: Você pode me fuzilar com palavras / E me retalhar com seu olhar / Pode me matar com seu ódio / Ainda assim, como ar, vou me levantar”

Fontes:

https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2018/04/7-fatos-sobre-maya-angelou-ativista-do-movimento-negro-norte-americano.htmlhttps://medium.com/@analissoares/leitura-eu-sei-por-que-o-p%C3%A1ssaro-canta-na-gaiola-de-maya-angelou-7c73228e119chttps://www.youtube.com/watch?list=PLFQEaBjkbJr-BCZiYJg6q4lm62NTh3n0A&time_continue=411&v=upuu8MIQuWQ

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